domingo, 29 de novembro de 2009

OS AMIGOS SEGUNDO MAHATMA GANDHI



“Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado nosso caminho. Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro. A todas elas chamamos de amigo.


Há muitos tipos de amigos. Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles. O primeiro que nasce do broto é o amigo-pai e o amigo-mãe. Mostram o que é ter vida.
Depois vem o amigo-irmão, com quem dividimos nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família, a qual respeitamos e desejamos o bem.


Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar nosso caminho.
Muitos desses são designados amigos do peito, do coração. São sinceros, verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz. Às vezes, um desses estala o nosso coração e, então, é chamado de amigo-namorado. Esse dá brilho aos nossos olhos, musica aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.


Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face durante o tempo que estamos por perto.


Não podemos nos esquecer dos amigos distantes, que ficam nas pontas dos galhos, mas que, quando o vento sopra, aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é perceber que as que caíram continuam por perto, continuam aumentando a nossa raiz com alegria. Trazem-nos lembranças de momentos maravilhosos passados juntos.


A cada folha da árvore deve-se desejar Paz, Amor, Saúde, Sucesso e Prosperidade. Simplesmente porque cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.


Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. Deixaria a capacidade de escolher novos rumos. Também deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável. Além do pão, o trabalho. Além do trabalho a ação.


E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída. “


Mahatma Gandhi

Fonte:  recebi por e-mail de minha querida amiga Carmen Monteiro, do blog lentas rápidas luzes http://www.lentasrapidasluzes.blogspot.com/ . Não percam a oportunidade de conhecer os seus maravilhosos insights!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

OU MUDAMOS, OU MORREMOS - Por Leonardo Boff


Ou mudamos ou morremos



Hoje vivemos uma crise dos fundamentos
de nossa convivência pessoal, nacional e mundial.


Se olharmos a Terra como um todo, percebemos que quase
nada funciona a contento.


A Terra está doente e muito doente.


E como somos, enquanto humanos também Terra
(homem vem de humus=terra fértil),
nos sentimos todos, de certa forma, doentes.


A percepção que temos é de que não podemos continuar nesse caminho, pois nos levará a um abismo.


Fomos tão insensatos nas últimas gerações que construimos o princípio de auto-destruição.


Não é fantasia holywoodiana.

Temos condições de destruir várias vezes a biosfera e impossibilitar o projeto planetário humano.


Desta vez não haverá uma arca de Noé que salve a alguns e deixa perecer os demais.


O destino da Terra e da humanidade coincidem:
ou nos salvamos juntos ou sucumbimos juntos.


Agora viramos todos filósofos, pois, nos perguntamos entre estarrecidos e perplexos: como chegamos a isso?


Como vamos sair desse impasse global?


Que colaboração posso dar como pessoa individual?


Em primeiro lugar, há de se entender o eixo estruturador de nossas sociedades hoje mundializadas, principal responsável por esse curso perigoso.


É o tipo de economia que inventamos.
A economia é fundamental, pois, ela é responsável pela produção e reprodução de nossa vida.


O tipo de economia vigente se monta sobre a troca competitiva.
Tudo na sociedade e na economia se concentra na troca.
A troca aqui é qualificada, é competitiva.
Só o mais forte triunfa.
Os outros ou se agregam como sócios subalternos ou
desaparecem.


O resultado desta lógica da competição de todos com todos é duplo:
de um lado uma acumulação fantástica de benefícios em poucos grupos e de outro, uma exclusão fantástica da maioria das pessoas, dos grupos e das nações.


Atualmente, o grande crime da humanidade é o da exclusão social.
Por todas as partes reina fome crônica, aumento das doenças antes erradicadas, depredação dos recursos limitados da natureza e um ambiente geral de violência, de opressão e de guerra.


Mas reconheçamos: por séculos essa troca competitiva abrigava a todos, bem ou mal, sob seu teto.


Sua lógica agilizou todas as forças produtivas e criou
mil facilidades para a existência humana.


Mas hoje, as virtualidades deste
tipo de economia estão se esgotando.


A grande maioria dos países e das pessoas não cabem mais sob seu teto.


São excluidos ou sócios menores e subalternos, como é o caso do Brasil.


Agora esse tipo de economia da troca competitiva se mostra altamente destrutiva, onde quer que ela penetre e se imponha.


Ela nos pode levar ao destino dos dinossauros.
Ou mudamos ou morremos, essa é a alternativa.
Onde buscar o princípio articulador de uma outra sociabilidade, de um novo sonho para frente?


Em momentos de crise total precisamos consultar a fonte originária de tudo, a natureza.


O que ela nos ensina?


Ela nos ensina, foi o que a ciência já há um século identificou,
que a lei básica do universo, não é a competição que
divide e exclui, mas a cooperação que soma e inclui.


Todas as energias, todos os elementos, todos os seres vivos,
desde as bactérias e virus até os seres mais complexos,
são inter-retro-relacionados e, por isso, interdependentes.


Uma teia de conexões nos envolve por todos os lados,
fazendo-nos seres cooperativos e solidários.


Quer queiramos ou não, pois essa é a lei do universo.


Por causa desta teia chegamos até aqui e poderemos
ter futuro.
Aqui se encontra a saida para umo novo sonho civilizatório e para um futuro para as nossas sociedades: fazermos desta lei da natureza, conscientemente, um projeto pessoal e coletivo, sermos seres cooperativos.


Ao invés de troca competitiva onde só um ganha devemos fortalecer a troca complementar e cooperativa, onde todos ganham.


Importa assumir, com absoluta seriedade, o princípio do prêmio de economia John Nesh, cuja mente brilhante foi celebrada por um não menos brilhante filme: o princípio ganha-ganha, onde
todos saem beneficiados sem haver perdedores.


Para conviver humanamente inventamos a economia, a política, a cultura, a ética e a religião.


Mas nos últimos séculos o fizemos sob a inspiração da
competição que gera o individualismo.


Esse tempo acabou. Agora temos que inaugurar a inspiração da cooperação que gera a comunidade e a participação de todos em tudo o que interessa a todos.


Tais teses e pensamentos se encontram detalhados nesse brilhante livro de Maurício Abdalla, O princípio da cooperação. Em busca de uma nova racionalidade.


Se não fizermos essa conversão, preparemo-nos para o pior.


Urge começar com as revoluções moleculares.


Começemos por nós mesmos, sendo seres cooperativos, solidários, compassivos, simplesmente humanos. Com isso
definimos a direção certa. Nela há esperança e vida para nós e para a Terra.


Por Leonardo Boff


* Fonte:  recebi este texto maravilhoso por e-mail de minha irmã do coração Carmen Monteiro (do lindo blog http://www.lentasrapidasluzes.blogspot.com/ ), a quem agradeço muito por compartilhar.

sábado, 14 de novembro de 2009

O CAMINHO DA VIDA - CHARLES CHAPLIN


O Caminho da Vida



O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.


A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.


Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.


Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.


Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.


(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)


Charles Chaplin

*Fonte: Internet -  site O Pensador

domingo, 8 de novembro de 2009

CONVERSANDO COM VOCÊS...



Queridos amigos do Conexões de Amor,



Estou feliz por estar de volta compartilhando deste espaço com vocês.


Devido ao meu tratamento, a quimioterapia, andei "fora do ar" nas últimas semanas, com uma enorme prostração e desânimo que agora melhoraM, graças a Deus.
Isto faz parte deste momento da minha vida, da minha realidade, e é preciso buscar aprender algo a mais nestes momentos em que estou fisicamente debilitada... desta vez a época da prostração intensa coincidiu com a festa de formatura do 2o grau do meu filho mais velho, o Matheus, que tem 17 anos.


Foi difícil superar o mal-estar, e ainda por cima, exatamente no dia da festa, acordei com o rosto inchado do lado esquerdo, devido à infecção dentária que vem me causando incômodo muito grande (meus dentes foram afetados pela quimio). Iniciei o antibiótico e à noite estava um pouco melhor.


Fui a festa, ajudada pela força da minha família, meus amigos, e foi maravilhoso. Eu parecia revigorada, não dava pra aceditar que havia passado a semana inteira na cama, prostrada... Dancei, ri, chorei, e principalmente agradeci muito à vida, à Deus por estar aqui, viva, neste momento tão lindo da vida de meu filho.
Era apenas nisso que eu pensava, e assim, desviei completamente o foco do mal-estar, dos incômodos, da adinamia causada pela anemia e me permiti sentir novamente a vida pulsando dentro de mim.


Neste momento podemos constatar o quanto agravamos ou amenizamos,  não só os efeitos desagradáveis de uma quimioterapia, mas todas as situações difíceis da nossa vida.
O foco é a grande diferença... para onde concentramos o nosso olhar, lá estará a nossa energia...


Não é tarefa fácil (crescer dói!), mas como tudo, requer tentar, tentar e tentar, até que percebamos a diferença de viver concentrado na dor, seja de que tipo for, ou apesar dela, buscarmos olhar para o horizonte... certamente haverá muito mais com o que ocuparmos o nosso pensamento, para concentrarmos a nossa energia. Vale a pena tentar.


Um grande abraço, Claudia

CANÇÃO DAS MULHERES - LYA LUFT


Canção das mulheres



Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.


Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.


Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.


Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.


Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.


Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.


Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.


Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''


Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.


Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.


Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.


Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.


Lya Luft

*Fonte: Internet, site O Pensador